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29/03/2023

ENNIQ: Sinasefe Sergipe bem representado



De 22 a 26 de março, aconteceu, em Maceió (AL), o 2º Encontro de Negras, Negros, Indígenas e Quilombolas (ENNIQ). Realizado pelo SINASEFE Nacional e sediado pelo Sintetifal, o ENNIQ teve como tema “Malungas, Malungos e Parentes na terra de Palmares! Nossa luta, nosso sindicato!” e reuniu representantes das seções sindicais de todo o Brasil.

O evento foi enriquecedor pela troca de experiências e conhecimentos, o que só fortalece ainda mais a luta por uma sociedade mais justa e igualitária, como podemos conferir pelos depoimentos das/os nossas/os representantes da delegação sergipana, eleita em assembleia geral unificada do Sinasefe Sergipe, realizada em 3 de fevereiro.

Vania de Jesus, IFS Campus Aracaju

“A oportunidade de participação no 2º ENNIQ ocasionou diferentes sentimentos e intenções. O que posso sinalizar, de forma resumida, foi a riqueza no aprofundamento e/ou conhecimento de questões ligadas aos negros, negras, indígenas e quilombolas. Com isto, algumas necessidades e encaminhamentos acredito que ficaram mais latentes como: entender a organização dos Núcleos no IFS e sua estruturação nos Campi; a necessidade de uma formação inicial e continuada; uma aproximação aos estudantes cotistas; um melhor alinhamento dos projetos pedagógicos dos cursos às legislações; conhecimento quanto à efetivação e debates das legislações vigentes. Por fim, o sentimento foi de agradecimento e ao mesmo tempo de responsabilidade em trazer para nossa instituição estes debates de forma mais aprofundada e possibilitar a garantia de direitos de estudantes e servidores negras, negros, indígenas e quilombolas”

Ingrid Fabiana de Jesus Silva, IFS Campus Estância

“Fui tomada por informações e aprendizado, os quais não poderia obter em tão pouco tempo sem um encontro como esse. A diversidade inclusiva que se fez presente não foi só no campo da arte, cultura e conhecimento trazidos, mas no campo da amplitude e troca de saberes com outros institutos, desse compartilhamento de vivências que nos mostra o sair da teoria e ir para prática, ressaltando se estamos em repertórios iguais, ou se estamos em trajetórias opostas às lutas pelos desiguais. É preciso que os negros, indígenas e quilombolas sejam os protagonistas em uma luta permeada por 20 anos da lei 10.639/2003, 15 anos da lei 11.645/2008 e 11 anos da lei 12.711/2012 nas instituições, para assim se fortalecer enquanto Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), ocupando os espaços de luta e poder de maneira atuante, auxiliando gerações de estudantes, servidores e pessoas que queiram dialogar e construir uma Instituição de ensino isonômica e diversificada”

Jacilene de Jesus Oliveira, IFS Campus São Cristóvão

“Participar do 2º ENNIQ foi um divisor de águas em minha trajetória profissional e pessoal. Como pessoa negra, percebi que as dores que têm me atravessado no dia a dia, dentro do serviço público federal, também atravessam outros irmãos. Saber que não estou sozinha trouxe um certo conforto e alento. Sem dúvidas, compartilhar esses tipos de experiências fortalece, instrui e amplia a perspectiva na construção de uma sociedade menos racista e preconceituosa. Estar entre meu povo foi um resgaste de minha ancestralidade”

Antônio Rafael dos Santos Neto, IFS Campus São Cristóvão, suplente na Direção Executiva do Sinasefe Sergipe

“Sempre me interessei pelo movimento negro, desde minha época de estudante na UFS. E agora participei como trabalhador e sindicalista. Foi maravilhoso conhecer pessoas de todo o Brasil, suas lutas, seus conceitos, suas vivências em campi de outros institutos federais. Fiquei muito feliz de fazer parte desta delegação, de estar com colegas interessados na luta. Tivemos excelentes experiências que poderemos trazer para nossa realidade em Sergipe”

Luciana Bitencourt Oliveira, IFS Campus Lagarto e Diae/Reitoria

“Agradeço ao Sinasefe Sergipe pela oportunidade de aprender e ampliar conhecimentos a partir das temáticas abordadas no 2° ENNIQ, que também contribuíram de maneira positiva para minha atuação enquanto diretora da Diae/IFS”

Suzan Kelly Rodrigues dos Santos, IFS Campus Lagarto

“É com imensa gratidão que venho enaltecer o trabalho do Sinasefe Sergipe, responsável por proporcionar a membros do sindicato, a participação no 2º ENNIQ, evento que nos trouxe um grande conhecimento em meio à diversidade dos povos que estavam presentes”

Deivson Luiz Matos da Silva, IFS Campus Lagarto

“No 2º ENNIQ, além da importância da ancestralidade e da história verdadeira do Brasil, foi abordada a política de cotas como uma forma de combater a desigualdade e a exclusão social, foi discutido sobre o racismo institucionalizado presente na sociedade brasileira e a exclusão das contribuições dos povos indígenas, africanos e afrodescendentes. Também aprendi que a ancestralidade é fundamental para a compreensão da história e identidade de um povo, nos conectando com nossos antepassados e suas lutas, a valorização da diversidade cultural e étnica é importante para construir uma sociedade mais justa e inclusiva, portanto, não basta não ser racista, e sim todxs temos que ser anti-racistas! É luta!”

Viviane Frederico Barbosa Vieira, IFS Campus São Cristóvão

“Cada evento que participo é um processo novo de aprendizado. O Sinasefinho tem sido de grande importância para que meus filhos façam parte dessa trajetória. A organização tem aprimorado cada vez mais o cuidado e atenção para que tanto as crianças, como as mães e os pais possam participar de forma proveitosa dos eventos! As atividades pensadas e direcionadas para cada grupo de crianças, relacionadas à temática dos encontros, horários mais estendidos, cuidados com alimentação, descanso dos pequenos, monitores capacitados e em grande quantidade para que possam cuidar das nossas crianças, tenho apenas a agradecer!”

Jailson Cardozo dos Santos, IFS Campus Aracaju e coordenador de Administração e Finanças do Sinasefe Sergipe

“O ENNIQ foi, com certeza, um marco histórico na vida do SINASEFE e suas seções sindicais. Nós precisamos fazer uma luta conjunta e temos que conhecer as realidades de todas as comunidades. Foi riquíssimo, de debates e reflexão, onde formamos grupos de trabalho sobre as temáticas para detalhar demandas e afinar soluções e lutas. A troca de experiências de vida e a possibilidade de conhecer as culturas negra e indígena só nos engradeceu”

Por conta do grande volume de proposições nos Grupos de Trabalho (GTs) realizados em 25/03 (quarto dia do evento), a Plenária Final Presencial de 26/03 (quinto dia do evento) não conseguiu realizar todas as deliberações necessárias dentro do seu tempo previsto. Por isso, no próximo dia 1º de abril, acontecerá uma plenária virtual para finalizar o ENNIQ e fechar as últimas votações. 


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